Eu já tinha feito planos de ir no Velho Porto de Montréal para as celebrações do primeiro de julho. O lance é que várias pessoas me disseram que o Canada Day aqui em Montréal é bem apagado, então comecei a pensar na Capital Federal... Mandei uma mensagem para Candace falando que estava em dúvida e só recebi um YOU MUST GO!!! como resposta. Tá bom, ordem é ordem.
Na quarta-feira saí cedinho de Montréal, o Rodrigo foi comigo. 6:30 já estava na rodoviária comprando a passagem para Ottawa. A Station Centrale d'Autobus de Montréal é acessível a partir da estação Berri-UQAM, ou seja, é só subir a escada rolante que você cai dentro da rodô (e isso faz toda diferença no inverno). De lá saem ônibus para New York, Ottawa, Québec City, Laval, Sherbrook e um monte de outras cidades do Québec.
Uma coisa que me chamou a atenção é que a passagem para Ottawa não tem horário nem poltrona marcada, ou seja, você compra a passagem e vai correndo para a fila que se forma na plataforma. Se o busão lotou azar o seu, vai no próximo. Não sei se funciona assim para as outras cidades.
O ônibus era bem zuado, nada confortável. Mas como na noite anterior eu fui dormir umas 2:30 da manhã (fui ver o show de Stevie Wonder no Festival de Jazz de Montréal), eu estava com tanto sono que fui dormindo a viagem toda. Ahh, são mais ou menos duas horas de Montréal para Ottawa. É ali. Um tirinho de espingarda. E a passagem 68 doletas ida e volta. Pois é, absurdo. Mas o dinheiro valeu muito a pena porque Ottawa é, sem sombra de dúvidas, o lugar mais bonito que eu já visitei. Tá, eu me impressiono com pouca coisa, mas confia em mim, Ottawa é muito linda, deixa Montréal no chinelo.
Assim que chegamos (umas nove e meia) fomos direto para a colina do parlamento. A cerimonia começou umas dez, primeiro com o hasteamento da bandeira, depois a troca de guarda, depois o pessoal da polícia montada, resumindo bem o que aconteceu, o primeiro ministro passou cumprimentando todo mundo que estava próximo à grade de segurança, e eu tava lá, não acreditei quando ele apertou a minha mão e falou "Happy Canada [Day]!", na verdade não sabia se filmava, se tirava foto, se apertava a mão, foi muito legal. Depois a esposa dele passou entregando uns pins com a bandeira do Canada e eu só pensei "mais um para a minha coleção". Logo depois, Michaëlle Jean, a governadora-geral, representante da rainha Elisabeth II, passou a tropa em revista.
Depois da cerimonia começou o show no palco principal com vários artistas canadenses. Tava muito massa e eu só pensava "pqp, os quebequenses têm que aprender muito ainda, se eles fizessem 1% disso aqui no 24 de junho, já tava uma maravilha". A música não parava, quase nenhuma fumaça de cigarro, clima muito bom, tanto que eu nem pensei em cerveja. Fomos dar uma volta pelas ruas próximas ao parlamento e cada vez ia me apaixonando mais pela cidade. Várias vezes passou pela minha cabeça (e ainda passa) de mudar para Ottawa. Meu namoro com a cidade foi até umas 19 horas quando pegamos o ônibus de volta para Montréal.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Saskatchewan: A Queda
Eu tava preparando uma série de posts e vídeos sobre Saskatchewan, mas como a miséria dos outros (minha no caso) dá mais ibope, resolvi atender ao milhares de pedidos que chegavam por e-mail, twitter, orkut, facebook, carta, telefone, telegrama, fax e telégrafo e postar o vídeo.
Local da queda: norte de Saskatoon, mas precisamente em Mennon, 52°26'03.57"N 106°47'47.67"W.
Ainda to com o dedo inchado e o torax doendo. Haha, depois da queda voltei pra casa com Candace e a gente começou a assistir The Office, tive que pedir pra ela desligar porque toda vez que eu ria doia tudo por dentro, a gente tava assistindo um dos melhores episódios da série.
De Mennon |
Local da queda: norte de Saskatoon, mas precisamente em Mennon, 52°26'03.57"N 106°47'47.67"W.
Ainda to com o dedo inchado e o torax doendo. Haha, depois da queda voltei pra casa com Candace e a gente começou a assistir The Office, tive que pedir pra ela desligar porque toda vez que eu ria doia tudo por dentro, a gente tava assistindo um dos melhores episódios da série.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
La Fête Nationale du Québec à Montréal
Pois é, enquanto os canadenses festejam sua independência só na próxima semana, os quebequenses passam na frente e festejam hoje a Fête Nationale du Québec. O 'Nationale' não tem nada a ver com o Canadá, mas sim com o Québec nação. Hoje é pecado usar vermelho, fazer qualquer referência à folha de bordo ou falar inglês. Hoje é dia de azul e branco, da flor de liz e de falar francês.
Eu fui ver o desfile dos gigantes na rua Sherbrook com o Juan-David. Taí algumas imagens do desfile.
Eu tinha pensado em ir direto pro parque Maisonneuve assim que terminasse o desfile, mas como ainda era cedo resolvi ir pra casa tomar um banhozinho, e voltar pro show mais tarde. Eu tava bem animado porque na programação do show tinha Ariane Moffatt e Karkwa. Mas foi bem decepicionante. Primeiro, 330 ml de cerveja 5 doletas, eu comprei um copinho só pra tirar uma ondazinha, depois multipliquei por 1,8 aí deu uma dor no coração (não podia entrar no parque com bebida).
Segundo, bateu a fome, daí fui numa barraquinha com uma placa 'Super Jumbo Hot Dog', 3 doletas, pedi um. Pão, salsicha assada, só, nem molho. É pão e salsicha, algo que no Brasil você não pagaria 50 centavos. Terceiro, cigarro, fumaça interminável, não tinha como fugir, todo mundo fumando, tava sufocado. Quarto, bando de bêbados separatistas que só faziam gritar "Vive le Québec libre" e achavam isso bem divertido. Quinto, muita politicagem e pouca diversão, pior que comício no Brasil, porque no comício depois que o político fala o show come solto, aqui, era uma musiquinha, uma mensagem de cunho separatista, uma exortação, patrocinadores, blá blá blá, mensagem de cunho separatista, uma exortação, uma musiquinha. Sexto, o show dos artistas não era separado, fizeram um revezamento. Mas o mar azul e branco era bonito de ser ver.
Eu fui ver o desfile dos gigantes na rua Sherbrook com o Juan-David. Taí algumas imagens do desfile.
Eu tinha pensado em ir direto pro parque Maisonneuve assim que terminasse o desfile, mas como ainda era cedo resolvi ir pra casa tomar um banhozinho, e voltar pro show mais tarde. Eu tava bem animado porque na programação do show tinha Ariane Moffatt e Karkwa. Mas foi bem decepicionante. Primeiro, 330 ml de cerveja 5 doletas, eu comprei um copinho só pra tirar uma ondazinha, depois multipliquei por 1,8 aí deu uma dor no coração (não podia entrar no parque com bebida).
Segundo, bateu a fome, daí fui numa barraquinha com uma placa 'Super Jumbo Hot Dog', 3 doletas, pedi um. Pão, salsicha assada, só, nem molho. É pão e salsicha, algo que no Brasil você não pagaria 50 centavos. Terceiro, cigarro, fumaça interminável, não tinha como fugir, todo mundo fumando, tava sufocado. Quarto, bando de bêbados separatistas que só faziam gritar "Vive le Québec libre" e achavam isso bem divertido. Quinto, muita politicagem e pouca diversão, pior que comício no Brasil, porque no comício depois que o político fala o show come solto, aqui, era uma musiquinha, uma mensagem de cunho separatista, uma exortação, patrocinadores, blá blá blá, mensagem de cunho separatista, uma exortação, uma musiquinha. Sexto, o show dos artistas não era separado, fizeram um revezamento. Mas o mar azul e branco era bonito de ser ver.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Back from Saskatchewan
Cheguei de Saskatchewan ontem. Vou precisar de tempo para contar tudo, vou precisar de outros posts. Aprendi a falar "Saskatchewan". Tomei uma queda felomenal nas planícies verdejantes, alguns hematomas, alguns ossos ainda doendo, mas sobrevivi. Tá eu sou muito boça por cair de um quadriciclo ("Mêeo cair de quadriciclo é pior que cair de bicicleta de rodinhas mêêo"), talvez mais ainda por filmar a queda (videos coming soon).
Trouxe um monte de souvenirs de Rouleau, mais conhecida como Dog River.
E pra quem não conhece o seriado Corner Gas, orgulho de todo e qualquer habitante de Saskatchewan:
Amanhã é a Fête Nationale, alguns eventos estão acontecendo desde hoje, mas eu peguei o dia pra ficar em casa, limpar a caixa de entrada, mandar mais alguns CVs (porque meus dias de turista estão contados). Amanhã vou dar uma olhada no desfile na rua Sherbrook e depois vou ficar pro show no parque Maisonneuve. Vai ter La Bottine Souriante, Arianne Moffatt, Karkwa, Éric Lapointe... Mas não vou poder encher a cara porque não pode entrar com bebida alcólica. :)
De Mennon |
Trouxe um monte de souvenirs de Rouleau, mais conhecida como Dog River.
De Rouleau (Dog River) |
E pra quem não conhece o seriado Corner Gas, orgulho de todo e qualquer habitante de Saskatchewan:
Amanhã é a Fête Nationale, alguns eventos estão acontecendo desde hoje, mas eu peguei o dia pra ficar em casa, limpar a caixa de entrada, mandar mais alguns CVs (porque meus dias de turista estão contados). Amanhã vou dar uma olhada no desfile na rua Sherbrook e depois vou ficar pro show no parque Maisonneuve. Vai ter La Bottine Souriante, Arianne Moffatt, Karkwa, Éric Lapointe... Mas não vou poder encher a cara porque não pode entrar com bebida alcólica. :)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Sétimo dia
Hoje fui testar o cartão magnético temporário que o pessoal do RBC me deu e não estava funcionando. Fui na agência e na mesma hora trocaram pra mim. Ainda bem que eu testei antes, eu ficaria muito p. se fosse pagar alguma coisa e o cartão não funcionasse.
Também como não poderia faltar o passeio do dia, fui no Oratoire Saint Joseph. Outro ponto turístico que fica pertinho da minha casa. Não vou descrever o passeio em detalhes, melhor assistir o vídeo abaixo.
Bem, acho que hoje é o último dia dos posts diários. Vou começar a postar aleatoriamente, pelo menos uma vez por semana, depois uma vez por mês, depois a cada três meses e depois nunca, não necessariamente nessa ordem.
Também como não poderia faltar o passeio do dia, fui no Oratoire Saint Joseph. Outro ponto turístico que fica pertinho da minha casa. Não vou descrever o passeio em detalhes, melhor assistir o vídeo abaixo.
Bem, acho que hoje é o último dia dos posts diários. Vou começar a postar aleatoriamente, pelo menos uma vez por semana, depois uma vez por mês, depois a cada três meses e depois nunca, não necessariamente nessa ordem.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Joyeux anniversaire, joyeux anniversaire...
Pois é, primeiro aniversário em terras geladas, nem preciso dizer como é ruim passar o aniversário longe da família e de amigos, mas essa falta está sendo de alguma forma compensada pelas coisas novas que eu tenho vivido por aqui. Hoje decidi me dar de presente um feijãozinho bem gostoso pois ultimamente tenho me sentido bem fraquinho. Se continuar comendo comida congelada vou acabar ficando doente.
O título desse post bem que poderia ser "em busca da calabresa e do bacon perdido". Eu queria encontrar esses items aqui perto de casa, daí pensei que se eu fosse num supermercado bem grande, tipo Walmart, talvez tivesse algum sucesso. Comecei a analisar toda a extensão da avenida principal aqui do bairro pelo Google Maps e acabei notando uma formação que parecia um supermercado grande ou um shopping. Fui até lá e se tratava do Maxi & Cia. Era realmente grande e eu vi uma novidade: caixas self service, o próprio cliente passava as compras e depois pagava. A primeira coisa que eu pensei foi: "aahhh isso no Brasil..." Rodei o supermercado todo e naaaaada, só bacon fatiado. Resolvi ir no Walmart, tive até que pegar o metrô até a estação Namur pois o mais próximo aqui de casa ficava lá, rue Jean-Talon, perto do hipódromo. Achei esse Walmart diferente dos que a gente tem no Brasil, a parte de comida ocupava só uns 10% do espaço, o resto eram quinquilharias, ferramentas, roupas, eletrônicos, utilidades domésticas. Também não encontrei o que eu estava procurando. Resolvi voltar pra CDN e usar minha criatividade para substituir os items. Fui no supermercado perto de casa (onde eu tinha comprado o feijão preto) e comprei uma linguiça do tipo "Italian". Como calabresa vem de Calábria e a Calábria fica na Itália achei que essa seria a substituição mais aproximada. Próximo aos cortes de carne suína eu avistei algo parecido com bacon, era toucinho fresco, como a diferença para toucinho defumado é de apenas uma palavra achei que essa seria a substituição mais aproximada.
Cheguei em casa já passava do meio dia. Coloquei o feijão no fogo. Enquanto isso fui refogando bem o toucinho pra ele não ficar cru e a linguiça eu tive que colocar um tempo no microondas pois ela crua não dava pra cortar em pedaços. Quando os grãos estavam mole misturei tudo e no final o resultado me surpreendeu. Ficou muuuuito bom. Eu classifiquei esse feijão como um marco na minha capacidade de adaptação em solo canadense. Eu fui almoçar quase umas 4 horas da tarde, mas eu fiz feijão para a semana toda, é só colocar no microondas, fazer um arrozinho e pronto, nunca mais passo fome.
Acabei de me dar de presente uma passagem pra Saskatoon. Tô indo visitar uma amiga que eu conheço há 10 anos. Essa é a primeira vez que vamos nos ver pessoalmente. Também acabei de falar com a minha família pelo Skype, eles fizeram um bolo de aniversário e cantamos parabéns com direito a fogos de atifício e tudo. :)
O título desse post bem que poderia ser "em busca da calabresa e do bacon perdido". Eu queria encontrar esses items aqui perto de casa, daí pensei que se eu fosse num supermercado bem grande, tipo Walmart, talvez tivesse algum sucesso. Comecei a analisar toda a extensão da avenida principal aqui do bairro pelo Google Maps e acabei notando uma formação que parecia um supermercado grande ou um shopping. Fui até lá e se tratava do Maxi & Cia. Era realmente grande e eu vi uma novidade: caixas self service, o próprio cliente passava as compras e depois pagava. A primeira coisa que eu pensei foi: "aahhh isso no Brasil..." Rodei o supermercado todo e naaaaada, só bacon fatiado. Resolvi ir no Walmart, tive até que pegar o metrô até a estação Namur pois o mais próximo aqui de casa ficava lá, rue Jean-Talon, perto do hipódromo. Achei esse Walmart diferente dos que a gente tem no Brasil, a parte de comida ocupava só uns 10% do espaço, o resto eram quinquilharias, ferramentas, roupas, eletrônicos, utilidades domésticas. Também não encontrei o que eu estava procurando. Resolvi voltar pra CDN e usar minha criatividade para substituir os items. Fui no supermercado perto de casa (onde eu tinha comprado o feijão preto) e comprei uma linguiça do tipo "Italian". Como calabresa vem de Calábria e a Calábria fica na Itália achei que essa seria a substituição mais aproximada. Próximo aos cortes de carne suína eu avistei algo parecido com bacon, era toucinho fresco, como a diferença para toucinho defumado é de apenas uma palavra achei que essa seria a substituição mais aproximada.
Cheguei em casa já passava do meio dia. Coloquei o feijão no fogo. Enquanto isso fui refogando bem o toucinho pra ele não ficar cru e a linguiça eu tive que colocar um tempo no microondas pois ela crua não dava pra cortar em pedaços. Quando os grãos estavam mole misturei tudo e no final o resultado me surpreendeu. Ficou muuuuito bom. Eu classifiquei esse feijão como um marco na minha capacidade de adaptação em solo canadense. Eu fui almoçar quase umas 4 horas da tarde, mas eu fiz feijão para a semana toda, é só colocar no microondas, fazer um arrozinho e pronto, nunca mais passo fome.
Acabei de me dar de presente uma passagem pra Saskatoon. Tô indo visitar uma amiga que eu conheço há 10 anos. Essa é a primeira vez que vamos nos ver pessoalmente. Também acabei de falar com a minha família pelo Skype, eles fizeram um bolo de aniversário e cantamos parabéns com direito a fogos de atifício e tudo. :)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Quinto dia
Na lista dos cursos de francês tinha um quase em frente daqui de casa, mas não tinha aulas à noite. Eu costumo render melhor à noite e caso começe a trabalhar posso continuar com o curso. O mais perto que eu encontrei à noite foi em Mountain-Sights. Cinco dias aqui e já me sinto seguro para ir pra qualquer canto, sem falar que pra Montreal o Google Maps já disponibiliza rotas utilizando transporte público, show demais, tem até os horários.
Peguei o metrô e desci na estação Namur, o centro de apoio ficava na rue Paré, perto do hipódromo. Conversei com o carinha que estava atendendo e ele disse que não estavam mais inscrevendo ninguém, as aulas à noite eram para quem já estava fazendo desde o trimestre passado, mas ele pediu que eu ligasse dia 15 que ele iria falar com a professora.
Voltei no RBC para solicitar o meu cartão de crédito. Não pude fazer isso ontem porque tinha que esperar os travellers cheques serem creditados na minha conta para então transferir algum dinheiro para uma aplicação que o banco pode usar caso eu dê calote e não pague a fatura do cartão. O Omar já tinha separado um horário para mim.
Eu notei que aqui no canada os serviços bancários são bem simplificados para não dizer arcaicos. Enquanto no Brasil a gente tem transferência, TED, DOC, pagamento de boleto, pagamento de título de concessionária, carga de celular, aqui é só transferência. Enquanto no Brasil a gente tem dezenas de opções de fundos de investimento aqui tem só "saving account" com algumas opções tipo "day to day", "enhanced", ou "high interest" dependendo de quanto você vai investir. Enquanto no Brasil tem um monte de segurança no site, teclado virtual, senha de número, senha de letra, código de segurança pelo celular, aqui é só a senha mesmo.
Voltei para casa e fui almoçar comida congelada, eca, e depois do almoço, dando continuidade à minha semana de turista resolvi ir no Parc du Mont-Royal. Pelo o que eu já tinha observado ele fica perto de CDN, cheguei até a fazer um rota a pé no Google Maps, mas não tinha certeza se o caminho era todo "andável", sei lá, poderia passar por alguma highway, então resolvi pegar um busão que pra minha surpresa não entrou onde eu esperava que ele entrasse, ele foi direto para o centro. Não me desesperei pois eu tinha o passe mensal comigo. Esperei o momento oportuno e quando a maioria do pessoal que estava no ônibus desceu, eu desci junto, isso era sinal de algum grande ponto de referência por perto, e como esperado, a estação Guy/Concordia estava na minha frente. Desci, fui até a estação Mont-Royal e depois peguei a linha 11 para a montanha, ou seja dei uma volta pela cidade toda pra chegar num lugar que é do lado da minha casa.
O Parc du Mont-Royal é mais outro lugar de embasbacamento. Cheguei pela entrada do lago dos castores, mais à frente tinha um monte de gente estirada na grama, aproveitando o sol. Subi a montanha, sempre pela trilha maior e seguindo as indicações de placas, andei, andei, andei, até encontrar... o chalet e o belvédère, de onde dá pra ter uma visão magnífica de toda Montreal, do centro da cidade até o rio São Lourenço e periferias, e depois de retomar a consciência continuei andando até encontrar a cruz do Mont-Royal. Voltei para o chalet e liguei pra casa, eu tinha que compartilhar com alguém o que eu estava vendo e sentindo, falei um bom tempo com meu pai e minha mãe. Comprei um suco de laranja no chalet e fui para o belvédère descansar um pouco (acho que já tinha andado uns 4 km), apreciar a paisagem e criar coragem para deixar aquele lugar perfeito e voltar para Côte-des-Neiges. O que ajudou foi o fato de também estar apaixonado por Côte-des-Neiges.
Resolvi voltar andando, era só descida mesmo. Passei pelo cemitério Mont-Royal, depois pelo cemitério Côte-des-Neiges, e a única coisa que me vinha à cabeça era "pqp, por que os cemitérios têm que ser tão lindos também, o pessoal que mora neles já morreu mesmo...". Eu queria passear um pouco pelo cemitério mas estava fechado, então continuei andando e cheguei em CDN em 30 minutos no máximo, pertinho, agora sempre quando eu quiser ir no Parc eu vou andando mesmo.
Assim que cheguei em CDN resolvi dar um basta na minha precariedade alimentícia. Fui direto no supermercado e consegui encontrar feijão preto, $ 2.69 900g, não sei porque eles não colocam um quilo logo. Fiquei de queixo caído quando descobri que eles não tinham calabresa. Pôxa eu nem tava querendo paio, era uma simples calabesa que você encontra em qualquer esquina no Brasil. Aqui eles têm todos os embutidos do mundo, menos calabresa. Tem até uns embutidos bem artificiais sabor cheddar, chippotle, brisa da manhã defumada com prazeres do outono ao molho barbecue e por aí vai. Bacon, impossível de encontrar peça inteira, eles vendem só fatiado, nem cubinhos tem, só fatiado, e não adianta chorar, pra eles o bacon já sai do porco fatiado, eu cheguei a perguntar pra um funcionário e ele disse que nunca viu peça grande de bacon na vida dele. Eu não tava querendo fazer uma feijoada, só colocar as duas carnes que eu mais gosto no feijão. Deixei prá lá e levei só o feijão pra casa. Como não tenho panela de pressão, vou deixar de molho de hoje para amanhã e amanhã coninuar a minha busca. Vamos ver o que eu consigo encontrar.
Peguei o metrô e desci na estação Namur, o centro de apoio ficava na rue Paré, perto do hipódromo. Conversei com o carinha que estava atendendo e ele disse que não estavam mais inscrevendo ninguém, as aulas à noite eram para quem já estava fazendo desde o trimestre passado, mas ele pediu que eu ligasse dia 15 que ele iria falar com a professora.
Voltei no RBC para solicitar o meu cartão de crédito. Não pude fazer isso ontem porque tinha que esperar os travellers cheques serem creditados na minha conta para então transferir algum dinheiro para uma aplicação que o banco pode usar caso eu dê calote e não pague a fatura do cartão. O Omar já tinha separado um horário para mim.
Eu notei que aqui no canada os serviços bancários são bem simplificados para não dizer arcaicos. Enquanto no Brasil a gente tem transferência, TED, DOC, pagamento de boleto, pagamento de título de concessionária, carga de celular, aqui é só transferência. Enquanto no Brasil a gente tem dezenas de opções de fundos de investimento aqui tem só "saving account" com algumas opções tipo "day to day", "enhanced", ou "high interest" dependendo de quanto você vai investir. Enquanto no Brasil tem um monte de segurança no site, teclado virtual, senha de número, senha de letra, código de segurança pelo celular, aqui é só a senha mesmo.
Voltei para casa e fui almoçar comida congelada, eca, e depois do almoço, dando continuidade à minha semana de turista resolvi ir no Parc du Mont-Royal. Pelo o que eu já tinha observado ele fica perto de CDN, cheguei até a fazer um rota a pé no Google Maps, mas não tinha certeza se o caminho era todo "andável", sei lá, poderia passar por alguma highway, então resolvi pegar um busão que pra minha surpresa não entrou onde eu esperava que ele entrasse, ele foi direto para o centro. Não me desesperei pois eu tinha o passe mensal comigo. Esperei o momento oportuno e quando a maioria do pessoal que estava no ônibus desceu, eu desci junto, isso era sinal de algum grande ponto de referência por perto, e como esperado, a estação Guy/Concordia estava na minha frente. Desci, fui até a estação Mont-Royal e depois peguei a linha 11 para a montanha, ou seja dei uma volta pela cidade toda pra chegar num lugar que é do lado da minha casa.
O Parc du Mont-Royal é mais outro lugar de embasbacamento. Cheguei pela entrada do lago dos castores, mais à frente tinha um monte de gente estirada na grama, aproveitando o sol. Subi a montanha, sempre pela trilha maior e seguindo as indicações de placas, andei, andei, andei, até encontrar... o chalet e o belvédère, de onde dá pra ter uma visão magnífica de toda Montreal, do centro da cidade até o rio São Lourenço e periferias, e depois de retomar a consciência continuei andando até encontrar a cruz do Mont-Royal. Voltei para o chalet e liguei pra casa, eu tinha que compartilhar com alguém o que eu estava vendo e sentindo, falei um bom tempo com meu pai e minha mãe. Comprei um suco de laranja no chalet e fui para o belvédère descansar um pouco (acho que já tinha andado uns 4 km), apreciar a paisagem e criar coragem para deixar aquele lugar perfeito e voltar para Côte-des-Neiges. O que ajudou foi o fato de também estar apaixonado por Côte-des-Neiges.
Resolvi voltar andando, era só descida mesmo. Passei pelo cemitério Mont-Royal, depois pelo cemitério Côte-des-Neiges, e a única coisa que me vinha à cabeça era "pqp, por que os cemitérios têm que ser tão lindos também, o pessoal que mora neles já morreu mesmo...". Eu queria passear um pouco pelo cemitério mas estava fechado, então continuei andando e cheguei em CDN em 30 minutos no máximo, pertinho, agora sempre quando eu quiser ir no Parc eu vou andando mesmo.
Assim que cheguei em CDN resolvi dar um basta na minha precariedade alimentícia. Fui direto no supermercado e consegui encontrar feijão preto, $ 2.69 900g, não sei porque eles não colocam um quilo logo. Fiquei de queixo caído quando descobri que eles não tinham calabresa. Pôxa eu nem tava querendo paio, era uma simples calabesa que você encontra em qualquer esquina no Brasil. Aqui eles têm todos os embutidos do mundo, menos calabresa. Tem até uns embutidos bem artificiais sabor cheddar, chippotle, brisa da manhã defumada com prazeres do outono ao molho barbecue e por aí vai. Bacon, impossível de encontrar peça inteira, eles vendem só fatiado, nem cubinhos tem, só fatiado, e não adianta chorar, pra eles o bacon já sai do porco fatiado, eu cheguei a perguntar pra um funcionário e ele disse que nunca viu peça grande de bacon na vida dele. Eu não tava querendo fazer uma feijoada, só colocar as duas carnes que eu mais gosto no feijão. Deixei prá lá e levei só o feijão pra casa. Como não tenho panela de pressão, vou deixar de molho de hoje para amanhã e amanhã coninuar a minha busca. Vamos ver o que eu consigo encontrar.
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